quarta-feira, 6 de junho de 2012

Idade versus maturidade

Faz parte da natureza humana achar que tem o direito de julgar o outro, de querer se meter na vida ajudar o outro sem ao menos saber do que outro precisa, querer dar conselhos sem ao menos saber o que se passa na vida do outro, mas a verdade é que ninguém deveria sequer dar palpite em assuntos que não lhe diz respeito, pelo menos eu gostaria que fosse assim quando se tratasse da minha vida. Muita gente não faz por mal, mas sinceramente, esses me incomodam do mesmo jeito ou até mais do que se o fizesse por mal. Não digo ser eu a pessoa que não precisa de conselhos, ajuda, a dona da verdade absoluta, mas se eu quiser ajuda, eu a procuro; se eu quiser opiniões, eu pergunto, se eu precisar de conselho, eu converso com uma psicóloga, com minha família (lê-se mãe, irmã, tios, avós) ou com meus amigos, portanto não será um desconhecido ou quem sabe um conhecido, que dará opiniões de como eu devo viver minha vida, cuidar do meu filho ou de como trilhar o meu futuro.
Por eu ser A mãe de dezessete anos as pessoas acham que eu realmente preciso de discursos motivadores  e de um tempo pra cá eu pareço estar vivendo em um livro de auto-ajuda (creeedo!), logo eu que nunca gostei dos livros do Augusto Cury hehehe.
Não sou a pessoa mais madura, mas isso não faz de mim uma completa idiota no papel de mãe e o mais estressante de tudo isso é as pessoas te verem como a criança com outra criança. Idade e maturidade nada tem haver, amadureci muito durante os últimos meses e permanecerei em eterna maturação até o fim da minha vida.
As pessoas acham que todos aqueles que constituem uma família cedo demais, sofre por isso e precisa muito da ajuda de todos os seres humanos do mundo, é isso mesmo? Não posso responder por todas as mães jovens, mas respondo por mim, e eu vou muito bem obrigada.
Se você se identificou com o time dos 'caridosos de plantão', uma dica: Não nivele por baixo, não sinta pena de quem você nem conhece verdadeiramente e principalmente olhe para você antes de julgar a situação de outra pessoa.
Minha vida não acabou por eu ter 'pulado' fases da vida, e talvez nem tenha deixado de viver o que tinha que viver, porque o que eu tenho pra viver e o que vale a pena viver, eu estou vivendo e ainda viverei. Tudo apenas começou agora, tenho muito que viver ao lado do meu filho e do meu Marcius que só tem me ensinado que se o passado foi bom, eu não preciso sentir saudade, porque o futuro será ainda melhor! ;)

2 comentários:

  1. adorei esse post! Rebloguei no meu blog. espero que esteja tudo bem!
    me sinto exatamente assim!
    beijos

    http://http://gravidaaos17.blogspot.com.br/

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  2. Olá, gostei bastante dos seus textos.
    Bom, é chato e triste que as pessoas sintam tanta necessidade de julgar os outros né? Eu já sentia isso há uns 5 anos quando resolvi fazer dreads no cabelo, é só cabelo e todos ainda assim sentem a necessidade de querer saber o que é melhor pra minha vida.
    Daí quando engravidei a coisa ficou muito mais séria, sempre diziam que eu tinha cara de 15 anos e que deveria tomar cuidado e blablabla...
    É tanto palpite que tinha a impressão de que as pessoas iriam cuidar do meu bebê, é como se por ser nova essas pessoas fossem trocar as fraldas dele, dar de mamar, e ficar acordados a noite toda para fazê-lo dormir...
    E é muito interessante também ver o quanto as pessoas se surpreendem quando me veêm como uma mãe cuidadosa e dizem: "nossa, você é melhor mãe do que eu imaginava"... Ah é? você imaginava o que então? Que por ter essa idade eu ia largar meu bebê em casa com menos de um mês e ir pra balada? Ia deixá-lo chorando com fome e fralda suja? Etc...
    Mas ok, no fundo essas pessoas vão embora, e quem fica com ele no fim do dia, sou eu. Quem ele fica encarando, fissurado, admirado enquanto mama, sou eu. Quem o acalma só com uns segundinhos de colo, sou eu. O dia que ele ralar o joelho o que ele vai gritar é "manhêê!!".
    Então no fundo a gente sabe quem é mais feliz, eles que perdem o tempo julgando ou nós que recebemos e damos mais amor a cada dia?
    Continuamos fortes mamães e com a certeza de que não estamos perdendo nem pulando nenhuma fase de nossas vidas, e sim que ganhamos um grande parceiro nessa jornada que é a vida.
    Até mais mamãe.

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