quinta-feira, 31 de maio de 2012

Compartilhando

Quando Felipe nasceu, eu demorei um mês para colocar fotos dele nas redes sociais, por mim, ainda não teria fotos dele, mas os amigos colocaram antes que eu pedisse que não publicassem, então não seria de bom tom pedir que tirassem, não ia dar pra ficar escondendo, até porque já estava sendo repassadas por e-mail mesmo. O motivo de não ter colocado é que me preocupou um pouco a precoce exposição dele. No momento em que publiquei, as pessoas próximas já começaram a compartilhar, criar álbuns em seus perfis e me deixou um pouco receosa. Quando se publica algo na internet não se pode limitar quem tem acesso e quem não tem, aliás, eu posso fazer isso quando publico no meu perfil do Facebook por exemplo, onde só está adicionado pessoas próximas que eu conheço, mas a partir do momento em que outras pessoas publicam já não tenho mais o controle. No perfil da minha amiga 'A' onde ela colocou fotos do Felipe tem pessoas que não conheço, que talvez nunca vá conhecer, mas elas conhecem meu filho e podem copiar a foto dele, colocar em um site qualquer e talvez eu nunca vá saber disso. Pode parecer uma preocupação boba, mas eu me preocupo e muito com isso.
Hoje em dia as pessoas não tem mais muito controle de onde vai parar fotos suas, ninguém pede permissão antes de publicar uma foto sua em seu perfil pessoal. Acho até um pouquinho de falta de respeito e que esses problemas são ainda mais incômodos quando se trata de uma criança.
Algumas publicações realmente deveriam ser revistas... E você, já parou pra pensar em onde pode estar a foto do seu priminho, sobrinho ou filhinho?

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sou eu quem precisa da minha mamãe

Ter um emprego, um primeiro emprego é muito importante para todos - pelo menos foi para mim -, mexeu com meu ego, me senti capacitada, responsável, independente e competente hehe. Mas eis que chega a maternidade, entro em licença 20 dias antes de ter o Felipe e começa o dilema, voltar ou não a trabalhar. Por um lado eu queria ficar com meu filho vinte e quatro horas por dia por pelo menos dois anos mas por outro queria voltar a trabalhar, ser a mamãe que trabalha de manhã e chega à tarde com saudade do filho, vai brincar com ele, bem estilo família de margarina, sabe?! Sem falar de poder ter uma independênciazinha financeira né...
Mas como eu queria amamentar exclusivamente até o seis meses, fiquei dividida, à princípio eu comecei a comprar potes para armazenar leite, duas bombas de leite, pensar em bons berçários e me preparar psicologicamente para a volta ao trabalho, mas nem tudo é tão simples assim... Tive muita dificuldade para retirar o leite com a bomba (sempre achei muito mais fácil tirar manualmente) e o Felipe não aceitou de forma alguma tomar leite no copinho. Então logo tirei a ideia da cabeça e decidi ficar com meu filho.
Minha licença acabou e pedi demissão a duas semanas, não posso deixar de dizer que foi frustrante no momento, porque era muito bom trabalhar onde eu trabalhava e eu tinha muita vontade de voltar, mas hoje sou totalmente feliz com a escolha que fiz e sei que fiz o melhor para meu pequeno. 
Sei que muitas mães não tem a chance de escolher ou não ficar com o filho, sei que sou até privilegiada por poder escolher e sei também que se todas as mães pudessem escolher, a maioria escolheria ficar com o filho. Eu sou só mais uma mulher que precisa escolher entre trabalhar e amamentar seu filho até os seis meses, isso é uma afronta ao que a OMS recomenda que é amamentar exclusivamente seu filho até os seis meses, é um falso  direito, aliás, é eu não ter o direito de dar saúde ao meu filho. é uma contradição. A sociedade tem que exigir uma mudança dessa lei já! Chega de leis que não nos aparam por inteiro. Quero ter o direito de ficar com meu filho pelo seis meses que ele precisa de mim a toda hora sem ter que sair do meu emprego!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Este lado para cima


Quando o bebê nasce, os pais entram para o clubinho do palpite, não importa se você tá em casa, na rua, no shopping ou no hospital, sempre terá alguém pra te falar que você não cuida direito do seu querido filhinho. Primeiro passo: respirar fundo, segundo passo: ignorar, terceiro passo: dar um sorrisinho; pois se você for discutir com o 'palpiteiro', não importa o que você fala, a experiência é a voz da razão e você está errado, ok?!

Existem hábitos que a alguns anos eram naturais e recomendados, mas que hoje em dia é reprovado pelos médicos. Colocar óleo, moeda, botão e até cinzas (JESUIIIS) no umbigo para o cordão umbilical cicatrizar e cair, empacotar o bebê porque ele não sente calor e... colocar o bebê para dormir de bruços(?). Os tempos foram mudando e hoje a recomendação é outra, mas vai eu colocar o Felipe de barriga pra cima pra ver, aparece todas as avós, bisavós, vizinhas e derivados do mundo para me falar que não sei cuidar da criança, falta me dizer que não sabe como o pequeno tá vivo sem os cuidados da pessoa. Até eu convencer a pessoa do que é mais seguro pro bebê, pro MEU bebê, o Felipe já cresceu e tá dormindo do jeito que quiser - brinks.

A questão é que as pessoas têm hábitos errados (pra mim), ás vezes até perigosos e quer nos convencer de fazer o mesmo. É claro que a maioria só quer ajudar, mas não se pode simplesmente ensinar alguém a ser pai ou mãe. Ser mãe é um sentimento que vem de dentro, ser mãe é um dom, se sente, se torna, não se faz curso pra isso.

Após o inicio de campanhas em outros países semelhantes a da Pastoral da Criança para incentivarem os pais a colocarem suas crianças para dormirem de barriga para cima diminuiu em 50% o índice de morte súbitas em bebês; campanhas essas que deveriam ser mais divulgadas...

Nós mamães de primeira viagem, precisamos sim de orientação, mas sem exageros. Um beijo para os conhecidos, vizinhos e senhora antipática simpática que quando me vê na rua tem que falar "Segura esse menino direito!", os palpiteiros de plantão. hehe


sábado, 19 de maio de 2012

A arte de amamentar


Sempre quis casar, ter filhos e amamentar, na teoria, porque na verdade, nunca me vi alimentando um ser com algo que saia do meu corpo. Mas quando fiquei grávida, não pensei muito nisso, e quando o Felipe nasceu e amamentou pela primeira vez foi muito emocionante, difícil, mas emocionante.
Os primeiros dias realmente não foram fáceis, o bico do peito feriu (mas nada que uma pomada não pôde resolver), o peito inchava de leite e o Felipe não conseguia mamar de direito e doía bastante.
Com o tempo as coisas melhorando, foi começando a entrar na rotina, se ajustando aos poucos. O Felipe sempre mamou na hora que ele quis. Aqui é livre demanda, hoje ele tá com 3 meses e 20 dias - quero amamentá-lo pelo menos até seus 2 anos -, mama bastante e sou muito feliz por isso.
O aleitamento materno estabelece uma conexão entre a mãe e o filho como nenhuma outra, tanto que o Felipe mama não só quando tá com fome, mas quando tá nervoso, com dor, com sono... E a única vez que eu precisei sair e tirei meu leite pra dar em um copinho pra ele, foi um escândalo, ele não aceitou de maneira nenhum, ficou sem tomar o leite e chorou até dormir (depois dessa não tive coragem de deixá-lo sem mim). Sofro por antecipação pensando em como será quando foi incluída as papinhas na alimentação dele.
E nem é preciso falar do bem que faz pro bebê ser alimentar do colostro nos primeiros dias, e o leite que protege de tantas doenças como pneumonia, meningite, bronquiolites, tem tantas proteínas, anticorpos que nenhuma fórmula de leite em pó pode dar a ele.
A mãe e o filho só tem a ganhar com o aleitamento materno, e se dependesse de mim não existiriam mamadeiras todas as mães amamentariam pelo bem das nossas crianças! 

Tantas polêmicas são criadas ao redor da amamentação, que me assusta, como os comentários que  li sobre a capa da revista americana Time que mostra uma mãe amamentando seu filho de 3 anos. Sinceramente? Enquanto quiser mamar, ele vai mamar e ponto final. Esse papo de que bebês que mamam até ficarem maiores traz problemas psicológicos é um dos papos mais furados que já vi.
Amamentar é um ato de amor para com a criança, e quem pode fazê-lo não tem porque decidir não o fazer. 



sexta-feira, 18 de maio de 2012

A (mais uma) pressão do parto

Desde o começo, quando comecei a pensar no parto, eu queria que meu parto fosse natural, lindo maravilhoso e fácil como o da minha mãe.
Fui na primeira consulta pré-natal com uma médica que já foi logo me avisando que ia sair de férias no mês que eu teria meu pequenininho. Pulei fora.
Me consultei com um médico em outro hospital que era especializado em gravidez de alto risco, fiquei animada, gostei dele, meu marido também e fomos pra segunda consulta, terceira, e aí que começamos a falar do parto e ele já deixou claro que fazia muito mais cesárias do que partos normais, fiquei preocupada mas continuei com ele, porque já estava com meus seis meses de gestação, trabalhando, estudando e sem disposição pra ir atrás de outro médico. Posteriormente descobri que ele tinha acompanhado a gestação de uma das minhas tias, a esposa do meu primo e irmã dela, o que me deixou muito mais tranquila.

Sai semana, entra semana e o que as pessoas mais perguntam "Vai querer cesária ou normal?" e eu toda feliz da vida respondia que queria parto normal, o que causava o estranhamento de muitos, porque hoje em dia no Brasil, 82% de quem pode escolher, tá escolhendo meter a faca e fazer cirurgia cesária
.
Desde quando a família soube que eu estava grávida, a pressão pra eu ter parto normal não pequena, era tia, prima, amiga da concunhada, papagaio, cachorro, falando que parto normal era o melhor, e claro, que eu concordo, é muito verdade; quando a gravidez é tranquila e na hora não tem complicação nenhuma, não tem porque ser cesária.

Mas eis que chega o dia, tô em casa assistindo TV, a bolsa estoura mas na hora não tive certeza se tinha estourado mesmo ou eu estava fazendo xixi nas calças, vou para o hospital, a plantonista já queria me levar pro centro cirúrgico na mesma hora, mas meu marido liga pro meu médico que tá chegando e não deixa ninguém me levar para lugar nenhum haha. E nada de eu sentir uma contraçãozinha sequer, era umas quatro horas da tarde, fui sentir contração lá pras  oito e meia da noite, e depois que as contrações começaram o meu médico chegou e viu tinha mecônio na placenta, falou que não ia dar pra esperar, e que tínhamos que ir pro centro cirúrgico. Nãããão, eu quero parto normal, 'por favor doutor', chorei, mas depois vi que era o melhor a fazer pelo meu filho. Menos de meia hora meu Felipe já tinha nascido, eu já tinha o visto, mas tava na sala de recuperação esperando a a anestesia passar. Depois fui pro quarto, amamentei meu filhote e foi quase tudo uma maravilha, tirando todos incômodos e dores e algumas pessoas falando coisas desnecessárias.
E foi depois de nascer o Felipe que comecei a ver blogs sobre parto, maternidade e tal, percebi uma certa 'separação' entre as mamães de parto natural e as mamães de parto cesário... Vi em vários blogs, algumas pessoas falando que cesária não era parto e que mães que não tiveram parto natural não saberão a emoção de ter um filho, mas PERA LÁ, eu sei a emoção de ter um filho, eu senti ele saindo de mim, foi um momento inexplicável, de muita emoção, pressão, alegria e por aí vai... Li até que eram menos mãe quem optava por uma cesária. não acho certo dizer isso de maneira nenhuma e em nenhum contexto.
E no começo, me senti muito mal por não ter sido capaz de ter meu filho sozinha, me senti incapaz e quem sabe, por alguns segundos, até menos mãe. Depois esse sentimento horrível passou e me bateu uma revolta de todos aqueles acham que são melhores por terem tido seus filhos em parto natural, espalhando por aí que toda cesária é eletiva porque Deus fez a mulher para ter seu filho sozinha (?).
E agora tô num momento em que quero difundir a ideia de que há casos e casos.
Enfim, esse assunto ainda tem muito pano pra manga e vou terminar esse post com uma publicação da minha tia Ju no Facebook:

"Cada um tem q se adaptar a sua realidade e sua saúde. O que serve para vc, pode não servir para mim. Por isso existe o PRÉ-NATAL. Onde o médico acompanha e verifica as medidas da gestante e evolução do bebê. Sou Agente de Saúde e acompanho "de perto" cada família... e sei que a saúde, na teoria e na prática, tem muita diferença. PORTANTO, cada mulher deve fazer o que for melhor para si e, principalmente, para o bebê. Que é quem merece toda atenção."
Um beijo tia Ju, e beijo a todos! 

Começando de novo


Olá, meu nome é Natália, tenho 17 anos < sim, sou muito nova! >, sou mãe, esposa e filha que ama muito seu filho, seu marido e sua mãe!

Já criei pelo menos uns três blogs sobre outros assuntos e apaguei-os um dia após sua criação, vamos ver ser esse aqui vai durar um pouquinho mais (espero que dure, pois tenho muitas coisas pra compartilhar, discutir e principalmente opinar)

Desde quando me tornei mãe e passei pro outro lado da moeda, comecei a visitar blogs sobre gestação, maternidade, partos e etc; e eu que nunca tinha tido sequer interesse em pesquisar sobre isso, me surpreendi com a quantidade de blogs relacionados ao assunto com opiniões muito variadas e que nem sempre eu concordo.  E por esse motivo fiquei com vontade de ter um espaço pra dar meus pitacos sobre esses – e outros assuntos - também.


Então vamos lá, mãos a obra!